20 Out. 2016 | 18h00 - 20h
Edifício I&D, Sala 2, 4º andar, FCSH-UNL
Práticas, discursos e identidade nacional: o foto-livro “Portugueses” de Luiz Carvalho
Apresentação pelo Fotógrafo e Arquitecto Luiz Carvalho
Comentários do Professor Doutor João Leal
Moderação com o convidado:
Javier Ortiz-Echagüe (Universidade de Navarra)
Organização:
Filomena Serra (FCSH/NOVA)
José Oliveira (FCSH/NOVA)
Os “Portugueses” através das lentes de Luiz Carvalho
FILOMENA SERRA
A atribuição de um valor simbólico à identidade nacional resulta de um processo que se desenvolve num tempo longo. A primeira manifestação desse valor conferido aos portugueses, por oposição aos “estrangeiros”, aparece no séc. XII, nos Anais de D. Afonso Henriques. Mas é só no século XVI, nas Décadas de João de Barros, que os portugueses aparecem como sujeito colectivo. Com Os Lusíadas de Luiz de Camões, que terá no imaginário nacional mais impacto como nenhuma outra obra, passa-se da história dos reis ou dos chefes para a epopeia colectiva, em que o povo é o protagonista de uma história gloriosa (os descobrimentos). José Mattoso, que escreveu sobre a identidade nacional e traçou sobre ela uma espécie de genealogia, diz-nos que é, por essa altura, que os “portugueses” adquirem uma personalidade, isto é, uma identidade, pois os acontecimentos são atribuídos à Nação, no seu conjunto, e não apenas aos seus chefes. Esse imaginário irá fortalecer-se e adquirir uma força tão grande, através de um discurso persuasivo, embora poético, que alimentará sonhos e mitos acerca do destino nacional, até aos nossos dias. Deve sublinhar-se que o poema é publicado precisamente pouco antes de Portugal perder a sua independência e quando há sinais de o império começar a desmoronar-se. É então, segundo aquele autor, que a formulação da ideia da “decadência nacional” se inicia e se torna uma obsessão da história nacional. Sobretudo, no século XIX, por parte da “Geração de 70” e, em particular após o Ultimato de 1890, quando os autores da época escrevem e reflectem sobre a História do povo português, procurando compreender a Nação e propor medidas para a regenerar. Passando a ser uma convicção, a “decadência nacional”, será invocada por todos os regimes políticos – do liberalismo até ao salazarismo. Foi a sobreposição da história e do mito, para citar de novo José Mattoso, que agravou esse sentimento, constituindo o seu carácter heróico, um forte apoio para fortalecer os sentimentos patrióticos e, consequentemente, a consciência da identidade nacional.
Foram efectivamente muitos os pensadores que quiseram definir a identidade do “ser português”. Desde poetas como Antero de Quental ou Fernando Pessoa, a escritores do Integralismo Lusitano ou, como Teixeira de Pascoaes, que chegou a escrever “A arte de ser português”, onde a mítica «saudade» era um dos elementos estruturadores, ainda hoje utilizada como símbolo da identidade portuguesa.
Nos anos 50 do século passado, o antropólogo Jorge Dias também tentou definir esse “carácter nacional” num conjunto de traços psicológicos e espirituais de elementos contraditórios que daria ao português uma plasticidade de carácter particular e lhe permitiria uma adaptação a todas as situações sem com isso perder a sua personalidade. Por essa altura, a doutrina do luso-tropicalismo de Gilberto Freyre sugeriu haver, também, um modo de ser português e de estar no mundo.
Nas décadas pós-25 de Abril até hoje, quando parecia que nos iríamos libertar das marcas ideológicas da ditadura do Estado Novo, vemos como o mito da “portugalidade” é recuperado, entre outros discursos, pelo do turismo ou pelo do futebol. Actualmente, em redes sociais como o Facebook, formou-se mesmo o site “Nova Portugalidade” que, colocando a tónica na língua (Fernando Pessoa diria: “A minha Pátria é a língua Portuguesa”), se define deste modo: “Mais que um idioma, a Portugalidade é terra e gente, cultura e sentimento, passado e futuro. Mais recentemente, será realizada no Brasil uma exposição de arte contemporânea intitulada “Portugal, Portugueses”. Deste modo prosseguimos querendo reerguer o mundo de fala portuguesa.”
“Ser Português”, “Portugalidade”, “Portugueses”. Mesclaram-se diferentes sentidos na identidade nacional portuguesa como construção imaginada. Foi preciso a perda das colónias para que se repensasse o “passado glorioso”. A História, hoje, pode narrar um passado real. Contudo, o presente continua a ser atravessado por fantasmas e as características mais típicas dos portugueses mantêm-se. Mas será que essas características são uma questão de natureza intrínseca essencialista?
A verdade é que pensadores como Eduardo Lourenço ou José Gil falaram de uma “hiperidentidade” dos portugueses e o primeiro afirmou mesmo ser ela como uma espécie de doença que nos corrói.
João Leal na sua obra “Etnografias portuguesas (1870-1970). Cultura popular e identidade nacional”, ao reler Boaventura Sousa Santos, encontra nas suas análises a recuperação de traços do “carácter nacional” de Jorge Dias, como por exemplo a capacidade que a cultura portuguesa tem para se se deixar contaminar pelo que vem de fora, o que faz dela uma entidade «poliglota», que em Sousa Santos é retomada na sua grande «disponibilidade multicultural». Segundo o autor, volvido quase meio século, a sombra de Jorge Dias, através nomeadamente do seu ensaio “Os elementos Fundamentais da Cultura Portuguesa”, continua a projectar a sua sombra nas discussões contemporâneas acerca do que é ser português, como por exemplo, na utilização da “saudade” num conjunto de processos associados à trans-nacionalização da cultura portuguesa. Esses discursos produzidos e consumidos assumem uma pertinência alargada que, com uma enorme capacidade de circulação, segundo João Leal, se repercutem em ecos contemporâneos.
Manuel Villaverde Cabral, por seu turno, exclui essa “noção forte do «carácter nacional» português”, procurando mostrar como as grandes diferenças que separam Portugal do resto da Europa podem ser construídas como diferenças de grau e não de natureza. Ao carácter dos portugueses, aos seus valores, atitudes e comportamentos ou aos seus defeitos de “não-inscrição” (José Gil), opõe Manuel Villaverde Cabral uma explicação através da configuração da história nacional e do conceito de “path-dependence”, que sublinha o carácter contingente dessa natureza dita intrínseca. As diferenças observáveis entre a população portuguesa e a europeia, como vários estudos demonstraram, devem assim ser relativizados, como devem ser explicados em função dos indicadores demográficos e sócio-económicos habituais, a começar pelo rendimento per capita. Essas conclusões, segundo o autor, destroem as ideias feitas acerca dos “temperamentos” e das “identidades nacionais”. O que realmente acaba por sobressair é o forte sentimento de “distância ao poder”, isto é, a grande distância entre representantes e representados, entre elites e “massas”, para não falar dos desníveis extremamente profundos no domínio da educação formal, que se repercutem no que se chama de “mobilização cognitiva”, em contraste com os demais países da Comunidade Europeia.
O fotógrafo Luiz Carvalho, que foi fotojornalista do jornal Expresso durante 25 anos, tem fotografado os portugueses desde os anos 70. Tendo usado a máquina como um bloco de apontamentos, fixou nelas “o estar e olhar” dos “Portugueses” nas imagens publicadas no álbum com esse nome. São fotografias que percorrem várias décadas, desde os anos pós-revolucionários até ao início do século XXI. Na alegria, nos rituais de festas e comemorações, na religião, na juventude ou no tédio da velhice, o que é que vemos mudar nestes Portugueses em várias gerações? Pegamos nesse álbum e o que nos dá a ver o olhar do fotógrafo? Espelhos de nós mesmos. Às vezes, as imagens são a-temporais e afigura-se-nos que pouca coisa mudou. Será assim? Olhamos incrédulos as imagens dos anos 80, onde vemos um rebanho pastando no Largo de Alvalade, em Lisboa. Mas talvez seja esse sentimento de estranheza que acentua o quanto nos afastámos desses tempos.
Luiz Carvalho diz-nos perfilhar a fotografia como convergência do instante decisivo com a organização formal, de modo a dar um sentido e uma intenção a uma imagem fotográfica, como o fez Henri Cartier-Bresson, preferindo como temas de eleição:
Figuras de aldeias, rostos desenhados a traços firmes, paisagens agrestes feridas com cruzes de granito lembrando a Morte. A religião que eu tanto fotografo tem tanto a ver com este ambiente antigo e sofredor de gente dura, em paisagem fria, onde o Deus da esperança é louvado há várias gerações. O contra-campo deste mundo original é para mim a diversidade das cidades, a fauna urbana, a modernidade, a cultura Pop, a procissão e costumes nas ruas das grandes cidades. Gosta-se mais da cidade quando se conhece o campo.
São essas imagens de “Portugueses” que pretendemos tornar visíveis, através da sessão especial que o cluster Photography and Cinema Studies do Instituto de História de Arte/FCSH/NOVA organizará em 20 de Outubro de 2016, vendo como nelas somos vistos e devolvidos pelas lentes do fotógrafo. Afinal, o pretexto para repensar os Portugueses e os sentidos de uma “comunidade imaginada”, cuja força dura há mil anos.
BIBLIOGRAFIA CITADA
CABRAL, Manuel Villaverde, “Portugal e a Europa. Diferenças e semelhanças, in Análise Social, 118-119 (1992), pp. 943-954.
http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1223055416E2mQD7hf9Vw88HW7.pdf, acedido em 23.09.2016
CABRAL, Manuel Villaverde, “Cidadania e Path-dependence na sociedade portuguesa”, in Dimensões da Cidadania – A mobiliação política em Portugal numa perspectiva comparada, Porto, Edições Afrontamento, 2014.
CARVALHO, Luiz, Portugueses, Lisboa, Perspectivas &Realidades, s/d.
GIL, José, Portugal, o medo de existir, Lisboa, Ed. Relógio d´Água, 2007.
LEAL, João, Etnografias portuguesas (1870-1970). Cultura popular e identidade Nacional, Lisboa, D. Quixote, 2000.
https://run.unl.pt/bitstream/10362/4339/1/Etnografi...pdf, acedido em 10.08.2016
LOURENÇO, Eduardo, O Labirinto da Saudade, Lisboa, D. Quixote, 1ª edição, 1972.
MATTOSO, José, A Identidade Nacional, Lisboa, Fundação Mário Soares e Gradiva Publicações, 1998.https://civilizacaoiberica.files.wordpress.com/2010/08/jose-mattoso-a-identidade-nacional-pdfrev.pdf, acedido em 15.09.2016.
FILOMENA SERRA
A atribuição de um valor simbólico à identidade nacional resulta de um processo que se desenvolve num tempo longo. A primeira manifestação desse valor conferido aos portugueses, por oposição aos “estrangeiros”, aparece no séc. XII, nos Anais de D. Afonso Henriques. Mas é só no século XVI, nas Décadas de João de Barros, que os portugueses aparecem como sujeito colectivo. Com Os Lusíadas de Luiz de Camões, que terá no imaginário nacional mais impacto como nenhuma outra obra, passa-se da história dos reis ou dos chefes para a epopeia colectiva, em que o povo é o protagonista de uma história gloriosa (os descobrimentos). José Mattoso, que escreveu sobre a identidade nacional e traçou sobre ela uma espécie de genealogia, diz-nos que é, por essa altura, que os “portugueses” adquirem uma personalidade, isto é, uma identidade, pois os acontecimentos são atribuídos à Nação, no seu conjunto, e não apenas aos seus chefes. Esse imaginário irá fortalecer-se e adquirir uma força tão grande, através de um discurso persuasivo, embora poético, que alimentará sonhos e mitos acerca do destino nacional, até aos nossos dias. Deve sublinhar-se que o poema é publicado precisamente pouco antes de Portugal perder a sua independência e quando há sinais de o império começar a desmoronar-se. É então, segundo aquele autor, que a formulação da ideia da “decadência nacional” se inicia e se torna uma obsessão da história nacional. Sobretudo, no século XIX, por parte da “Geração de 70” e, em particular após o Ultimato de 1890, quando os autores da época escrevem e reflectem sobre a História do povo português, procurando compreender a Nação e propor medidas para a regenerar. Passando a ser uma convicção, a “decadência nacional”, será invocada por todos os regimes políticos – do liberalismo até ao salazarismo. Foi a sobreposição da história e do mito, para citar de novo José Mattoso, que agravou esse sentimento, constituindo o seu carácter heróico, um forte apoio para fortalecer os sentimentos patrióticos e, consequentemente, a consciência da identidade nacional.
Foram efectivamente muitos os pensadores que quiseram definir a identidade do “ser português”. Desde poetas como Antero de Quental ou Fernando Pessoa, a escritores do Integralismo Lusitano ou, como Teixeira de Pascoaes, que chegou a escrever “A arte de ser português”, onde a mítica «saudade» era um dos elementos estruturadores, ainda hoje utilizada como símbolo da identidade portuguesa.
Nos anos 50 do século passado, o antropólogo Jorge Dias também tentou definir esse “carácter nacional” num conjunto de traços psicológicos e espirituais de elementos contraditórios que daria ao português uma plasticidade de carácter particular e lhe permitiria uma adaptação a todas as situações sem com isso perder a sua personalidade. Por essa altura, a doutrina do luso-tropicalismo de Gilberto Freyre sugeriu haver, também, um modo de ser português e de estar no mundo.
Nas décadas pós-25 de Abril até hoje, quando parecia que nos iríamos libertar das marcas ideológicas da ditadura do Estado Novo, vemos como o mito da “portugalidade” é recuperado, entre outros discursos, pelo do turismo ou pelo do futebol. Actualmente, em redes sociais como o Facebook, formou-se mesmo o site “Nova Portugalidade” que, colocando a tónica na língua (Fernando Pessoa diria: “A minha Pátria é a língua Portuguesa”), se define deste modo: “Mais que um idioma, a Portugalidade é terra e gente, cultura e sentimento, passado e futuro. Mais recentemente, será realizada no Brasil uma exposição de arte contemporânea intitulada “Portugal, Portugueses”. Deste modo prosseguimos querendo reerguer o mundo de fala portuguesa.”
“Ser Português”, “Portugalidade”, “Portugueses”. Mesclaram-se diferentes sentidos na identidade nacional portuguesa como construção imaginada. Foi preciso a perda das colónias para que se repensasse o “passado glorioso”. A História, hoje, pode narrar um passado real. Contudo, o presente continua a ser atravessado por fantasmas e as características mais típicas dos portugueses mantêm-se. Mas será que essas características são uma questão de natureza intrínseca essencialista?
A verdade é que pensadores como Eduardo Lourenço ou José Gil falaram de uma “hiperidentidade” dos portugueses e o primeiro afirmou mesmo ser ela como uma espécie de doença que nos corrói.
João Leal na sua obra “Etnografias portuguesas (1870-1970). Cultura popular e identidade nacional”, ao reler Boaventura Sousa Santos, encontra nas suas análises a recuperação de traços do “carácter nacional” de Jorge Dias, como por exemplo a capacidade que a cultura portuguesa tem para se se deixar contaminar pelo que vem de fora, o que faz dela uma entidade «poliglota», que em Sousa Santos é retomada na sua grande «disponibilidade multicultural». Segundo o autor, volvido quase meio século, a sombra de Jorge Dias, através nomeadamente do seu ensaio “Os elementos Fundamentais da Cultura Portuguesa”, continua a projectar a sua sombra nas discussões contemporâneas acerca do que é ser português, como por exemplo, na utilização da “saudade” num conjunto de processos associados à trans-nacionalização da cultura portuguesa. Esses discursos produzidos e consumidos assumem uma pertinência alargada que, com uma enorme capacidade de circulação, segundo João Leal, se repercutem em ecos contemporâneos.
Manuel Villaverde Cabral, por seu turno, exclui essa “noção forte do «carácter nacional» português”, procurando mostrar como as grandes diferenças que separam Portugal do resto da Europa podem ser construídas como diferenças de grau e não de natureza. Ao carácter dos portugueses, aos seus valores, atitudes e comportamentos ou aos seus defeitos de “não-inscrição” (José Gil), opõe Manuel Villaverde Cabral uma explicação através da configuração da história nacional e do conceito de “path-dependence”, que sublinha o carácter contingente dessa natureza dita intrínseca. As diferenças observáveis entre a população portuguesa e a europeia, como vários estudos demonstraram, devem assim ser relativizados, como devem ser explicados em função dos indicadores demográficos e sócio-económicos habituais, a começar pelo rendimento per capita. Essas conclusões, segundo o autor, destroem as ideias feitas acerca dos “temperamentos” e das “identidades nacionais”. O que realmente acaba por sobressair é o forte sentimento de “distância ao poder”, isto é, a grande distância entre representantes e representados, entre elites e “massas”, para não falar dos desníveis extremamente profundos no domínio da educação formal, que se repercutem no que se chama de “mobilização cognitiva”, em contraste com os demais países da Comunidade Europeia.
O fotógrafo Luiz Carvalho, que foi fotojornalista do jornal Expresso durante 25 anos, tem fotografado os portugueses desde os anos 70. Tendo usado a máquina como um bloco de apontamentos, fixou nelas “o estar e olhar” dos “Portugueses” nas imagens publicadas no álbum com esse nome. São fotografias que percorrem várias décadas, desde os anos pós-revolucionários até ao início do século XXI. Na alegria, nos rituais de festas e comemorações, na religião, na juventude ou no tédio da velhice, o que é que vemos mudar nestes Portugueses em várias gerações? Pegamos nesse álbum e o que nos dá a ver o olhar do fotógrafo? Espelhos de nós mesmos. Às vezes, as imagens são a-temporais e afigura-se-nos que pouca coisa mudou. Será assim? Olhamos incrédulos as imagens dos anos 80, onde vemos um rebanho pastando no Largo de Alvalade, em Lisboa. Mas talvez seja esse sentimento de estranheza que acentua o quanto nos afastámos desses tempos.
Luiz Carvalho diz-nos perfilhar a fotografia como convergência do instante decisivo com a organização formal, de modo a dar um sentido e uma intenção a uma imagem fotográfica, como o fez Henri Cartier-Bresson, preferindo como temas de eleição:
Figuras de aldeias, rostos desenhados a traços firmes, paisagens agrestes feridas com cruzes de granito lembrando a Morte. A religião que eu tanto fotografo tem tanto a ver com este ambiente antigo e sofredor de gente dura, em paisagem fria, onde o Deus da esperança é louvado há várias gerações. O contra-campo deste mundo original é para mim a diversidade das cidades, a fauna urbana, a modernidade, a cultura Pop, a procissão e costumes nas ruas das grandes cidades. Gosta-se mais da cidade quando se conhece o campo.
São essas imagens de “Portugueses” que pretendemos tornar visíveis, através da sessão especial que o cluster Photography and Cinema Studies do Instituto de História de Arte/FCSH/NOVA organizará em 20 de Outubro de 2016, vendo como nelas somos vistos e devolvidos pelas lentes do fotógrafo. Afinal, o pretexto para repensar os Portugueses e os sentidos de uma “comunidade imaginada”, cuja força dura há mil anos.
BIBLIOGRAFIA CITADA
CABRAL, Manuel Villaverde, “Portugal e a Europa. Diferenças e semelhanças, in Análise Social, 118-119 (1992), pp. 943-954.
http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1223055416E2mQD7hf9Vw88HW7.pdf, acedido em 23.09.2016
CABRAL, Manuel Villaverde, “Cidadania e Path-dependence na sociedade portuguesa”, in Dimensões da Cidadania – A mobiliação política em Portugal numa perspectiva comparada, Porto, Edições Afrontamento, 2014.
CARVALHO, Luiz, Portugueses, Lisboa, Perspectivas &Realidades, s/d.
GIL, José, Portugal, o medo de existir, Lisboa, Ed. Relógio d´Água, 2007.
LEAL, João, Etnografias portuguesas (1870-1970). Cultura popular e identidade Nacional, Lisboa, D. Quixote, 2000.
https://run.unl.pt/bitstream/10362/4339/1/Etnografi...pdf, acedido em 10.08.2016
LOURENÇO, Eduardo, O Labirinto da Saudade, Lisboa, D. Quixote, 1ª edição, 1972.
MATTOSO, José, A Identidade Nacional, Lisboa, Fundação Mário Soares e Gradiva Publicações, 1998.https://civilizacaoiberica.files.wordpress.com/2010/08/jose-mattoso-a-identidade-nacional-pdfrev.pdf, acedido em 15.09.2016.
LUIZ CARVALHO
Arquitecto de formação académica, começou a sua carreira fotográfica no jornal Primeiro de Janeiro. Ao longo dos anos trabalhou em vários jornais, revistas e agências noticiosas, com destaque para o Expresso onde foi, durante 25 anos, Fotojornalista sênior, editor de fotografia e editor multimídia. Expôs em Portugal e no estrangeiro a título individual e recebeu vários Prémios, entre eles, o Prémio Visão e o Prémio Gazeta de Jornalismo. Publicou os foto-livros PORTUGUESES (1985) e LISBOA & LISBOETAS (2000). Colaborou com a Associated Press em Lisboa. Atualmente é professor de fotografia e fotojornalismo. Foi autor e realizador, durante quatro anos, do programa televisivo FOTOGRAFIA TOTAL na TVI24. Actualmente é autor, realizador e produtor do programa FOTOBOX na RTP 3.
Arquitecto de formação académica, começou a sua carreira fotográfica no jornal Primeiro de Janeiro. Ao longo dos anos trabalhou em vários jornais, revistas e agências noticiosas, com destaque para o Expresso onde foi, durante 25 anos, Fotojornalista sênior, editor de fotografia e editor multimídia. Expôs em Portugal e no estrangeiro a título individual e recebeu vários Prémios, entre eles, o Prémio Visão e o Prémio Gazeta de Jornalismo. Publicou os foto-livros PORTUGUESES (1985) e LISBOA & LISBOETAS (2000). Colaborou com a Associated Press em Lisboa. Atualmente é professor de fotografia e fotojornalismo. Foi autor e realizador, durante quatro anos, do programa televisivo FOTOGRAFIA TOTAL na TVI24. Actualmente é autor, realizador e produtor do programa FOTOBOX na RTP 3.
JOÃO LEAL
Professor do Departamento de Antropologia da FCHH/NOVA e investigador do CRIA (UNL). As suas áreas de pesquisa atuais compreendem a história da antropologia em Portugal e o estudo antropológico do ritual e da festa. É autor dos livros As Festas do Espírito Santo nos Açores. Um Estudo de Antropologia Social (1994), Etnografias Portuguesas (1870-1970). Cultura Popular e Identidade Nacional (2000), Antropologia em Portugal. Mestres, Percursos, Transições (2007) e Azorean Identity in Brazil and the United States: Arguments about History, Culture and Transnational Connections (2011).
Professor do Departamento de Antropologia da FCHH/NOVA e investigador do CRIA (UNL). As suas áreas de pesquisa atuais compreendem a história da antropologia em Portugal e o estudo antropológico do ritual e da festa. É autor dos livros As Festas do Espírito Santo nos Açores. Um Estudo de Antropologia Social (1994), Etnografias Portuguesas (1870-1970). Cultura Popular e Identidade Nacional (2000), Antropologia em Portugal. Mestres, Percursos, Transições (2007) e Azorean Identity in Brazil and the United States: Arguments about History, Culture and Transnational Connections (2011).
JAVIER ORTIZ-ECHAGÜE
É licenciado em História da Arte e doutorado em Ciências da Informação pela Universidade Complutense de Madrid. Foi Professor da Universidade Carlos III de Madrid e visiting scholar da New York University (EEUU) e da Universidade de Provença (França). É autor de Yuri Gagarin y el conde de Orgaz. Mística y estética de la era espacial (2014), editor da antologia de textos de José Val del Omar, Escritos de técnica, poética y mística (2010) e co-autor com Horacio Fernández de Fotos & Libros. España 1905-1907 (2010). Foi comissário da exposição “Ortiz-Echagüe. Norte de África” (Museu Nacional de Arte da Catalunha, Barcelona, 2013) e curador assistente de Desbordamiento de Val del Omar (Madrid, Museu Reina Sofia, 2010). Actualmente é professor na Escola de Arquitectura da Universidade de Navarra.
É licenciado em História da Arte e doutorado em Ciências da Informação pela Universidade Complutense de Madrid. Foi Professor da Universidade Carlos III de Madrid e visiting scholar da New York University (EEUU) e da Universidade de Provença (França). É autor de Yuri Gagarin y el conde de Orgaz. Mística y estética de la era espacial (2014), editor da antologia de textos de José Val del Omar, Escritos de técnica, poética y mística (2010) e co-autor com Horacio Fernández de Fotos & Libros. España 1905-1907 (2010). Foi comissário da exposição “Ortiz-Echagüe. Norte de África” (Museu Nacional de Arte da Catalunha, Barcelona, 2013) e curador assistente de Desbordamiento de Val del Omar (Madrid, Museu Reina Sofia, 2010). Actualmente é professor na Escola de Arquitectura da Universidade de Navarra.
Organização: Filomena Serra e José Oliveira
Cluster Photography and Film Studies do Instituto de História de Arte/FCSH/NOVA e Curso de Doutoramento em História da Arte da FCSH/NOVA no âmbito do Projecto de Investigação “Fotografia Impressa: Imagem e propaganda em Portugal (1934-1974)" [PTDC/CPC-HAT/4533/2014]
Cluster Photography and Film Studies do Instituto de História de Arte/FCSH/NOVA e Curso de Doutoramento em História da Arte da FCSH/NOVA no âmbito do Projecto de Investigação “Fotografia Impressa: Imagem e propaganda em Portugal (1934-1974)" [PTDC/CPC-HAT/4533/2014]